Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Apesar das tentativas de censura, o Queermuseu chega ao Rio, temporariamente enfiado no Parque Lage, cercado de verde e de arte.
A verde verdade, porém, é que já não se trata apenas de uma exposição – nunca foi por 20 centavos, afinal -, mas de uma afirmação da diversidade, de um aglutinamento de nós, difíceis de desatar. Resistentes, portanto. Ironicamente, as proibições tornaram o Queermuseu esse obscuro objeto de desejo, algo a ser visto. É o fim de semana dele, vejam só. Mas não só dele.
Resistentes também, Fernanda Montenegro, Matheus Nachtergaele e o Teatro Oficina estão em cartaz no teatro. Enquanto isso, os Novos Baianos continuam desbravando o mistério do planeta. Compreensível, estamos todos nessa.
Além das festas viradas por noites e madrugadas, eventos para comprar, comer e beber nos dias e nas tardes do finde completam o guia.
Diz se não é uma programação digna da Ursal?
Quem viver verá.
Foto de capa: obra de Lygia Clark, exposta no Queermuseu
Filipe nasceu em Salvador, mudou-se aos 9 anos para Belo Horizonte e, aos vinte e poucos, decidiu encarar o Rio de Janeiro. Há quatro anos conheceu Gustavo, cria da capital fluminense. Jornalistas culturais, gostam de receber amigos em casa e ir ao cinema. Cada vez mais são adeptos de programas ao ar livre - sempre que podem, incluem no passeio Chaplin, esperto vira-lata adotado há um ano.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.