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As boas do feriado no Rio de Janeiro: 19.04

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Data

18 de April, 2019

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O anjo

Ao lado do japonês “Assunto de família” e do dinamarquês “A culpa”, o argentino “O anjo” foi uma das boas surpresas do último Festival do Rio. O filme, representante do país para concorrer ao Oscar, chega oficialmente ao circuito nesta semana. Para os que associam o cinema hermano à presença (ou seria onipresença?) de Ricardo Darín, “O anjo” faz um aceno ao trazer Chino Darín, filho do homem, à cena. Embora esteja ótimo, o longa é mesmo do ator-personagem que personifica o substantivo evocado no título. Lorenzo Ferro é o tal anjo. Quer dizer, um adolescente com pinta de galã de cinema que envereda por uma vida de crime e paixão ao lado de Ramon (Darín). Inspirado numa história real, o filme é dirigido por Luis Ortega e produzido por Pedro Almodóvar, uma reverberação que toca à tela com cores, temas e desejo.  

“O anjo”. Confira salas e horários, aqui.

Vidas duplas

Dirigido pelo francês Olivier Assayas, “Duas vidas” saiu do Festival de Veneza sem prêmio, é verdade, mas um filme com a luminosa Juliette Binoche não é um filme qualquer, não é mesmo? Os dois já haviam colaborado em outras produções, como no ótimo “Acima das nuvens”, no qual ela vive uma atriz em crise ao remontar a peça que a lançou ao estrelado vinte anos antes. Dessa vez, o foco são dois amigos, um editor e um autor, cuja relação azeda após o primeiro não gostar da mais recente obra do segundo. Binoche vive a mulher do editor e discorda da opinião dele sobre o texto. Mesmo sem ser o centro da narrativa, não seria surpreendente se Binoche roubasse a cena aqui. É o que ela faz de melhor.

“Vidas duplas”. Confira salas e horários, aqui.

Recital da onça

Regina Casé em “Recital da onça” | Foto: Festival de Curitiba/Divulgação

Talvez depois de “Que horas ela volta?” não seja mais necessário dizer às novas plateias que Regina Casé, para além de comunicadora popular, é uma atriz talentosa. As telas tomaram conta da carreira, mas não a afastaram por completo do teatro, berço do Asdrúbal Trouxe o Trombone, cultuado grupo do qual fez parte. Assim, 25 anos após sua última peça, Regina volta ao palco com “Recital da onça”. O solo costura trechos de grandes escritores nacionais através de uma personagem às voltas com um convite da Universidade de Harvard para uma palestra sobre literatura brasileira. Textos de Jorge Amado, Clarice Lispector, Mario de Andrade e Paulo Leminski foram selecionados. Após estrear em Salvador, o espetáculo chega ao Rio para curta temporada. Curiosos?

“Recital da onça”. Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 18h. Ingressos a partir de R$ 70. Em cartaz até 12 de maio.
Oi Casa Grande. Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon.  

As comadres

O espetáculo musical “As comadres” | Foto d Lina Sumizono/Festival de Curitiba/Divulgação

De cara, o espetáculo musical se destaca por ser a primeira direção de Ariane Mnouchkine fora do Théâtre du Soleil, renomada companhia francesa. Há trinta anos no grupo, a brasileira Juliana Carneiro da Cunha – que parte do público conhece de trabalhos esporádicos no cinema, como em “Lavoura arcaica”,  e na TV, como na minissérie “Hoje é dia de Maria” – quis voltar aos palcos do país e apresentar a bagagem adquirida na França. O texto escolhido foi “As comadres”, escrita em 1965 pelo dramaturgo canadense Michel Tremblay. Portanto, o resultado tem essa mistura: dramaturgia canadense com encenação francesa e equipe brasileira. O espectador acompanha um dia na vida de Germana, moradora de um bairro periférico que ganha um milhão de selos premiados e reúne amigas e familiares para colar os selos e conversar. A versão nacional tem um revezamento das atrizes nos papéis, tal qual é feito no Théâtre du Soleil.

“As comadres”. De quinta a sábado, às 19h. Domingo, às 18h. Em cartaz até 19 de maio. Ingressos a R$ 30.
Sesc Ginástico: Av. Graça Aranha, 187 – Centro.

Peraí, que tem mais

A mostra  Věra Chytilová: a grande dama do cinema tcheco exibe os principais filmes assinados pela diretora, morta em 2014, abrangendo as diferentes fases de sua celebrada carreira. Humor negro, crítica social e sátiras sobre o regime comunista são marcas de seus trabalhos, que deram início ao que se chamou posteriormente de Nouvelle Vague Tcheca. Rebelde, feminista e crítica da sociedade contemporânea, Vera completaria 90 anos em 2019.
“Věra Chytilová: a grande  dama do cinema tcheco”. Confira a programação, com filmes e horários, aqui

Data

18 de April, 2019

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Filipe Isensee e Gustavo Cunha

Filipe nasceu em Salvador, mudou-se aos 9 anos para Belo Horizonte e, aos vinte e poucos, decidiu encarar o Rio de Janeiro. Há quatro anos conheceu Gustavo, cria da capital fluminense. Jornalistas culturais, gostam de receber amigos em casa e ir ao cinema. Cada vez mais são adeptos de programas ao ar livre - sempre que podem, incluem no passeio Chaplin, esperto vira-lata adotado há um ano.

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