Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Como diria Michel Temer, “não fale em crise, pedale”. Bem, não foi isso que ele disse, mas a gente faz uma adaptação mínima. Aliás, adaptação parece ser a palavra de ordem nesse Brasil da crise. Ops, falei em crise! Desculpaê, vampirão. Vamos focar nos pedais: sim, porque o Rio continua aí, todo pimpão no outono, alheio às buzinas e às filas nos postos. Então, pedale nesse feriadão para inspirar, para fugir, para protestar, para zoar o vizinho que bateu panela.
Afinal, quem não tem carro caça com bike. Nos feriados e domingos, as bicicletas circulam mais livremente pelo Aterro do Flamengo, pelas avenidas Vieira Souto (Ipanema) e Delfim Moreira (Leblon) e pela Rua Dias da Cruz (Méier). Quem não tem bicicleta própria, pode andar com uma das laranjinhas da bike rio espalhadas por toda a cidade. O plano diário (R$ 5) e o mensal (R$ 10) dão direito a uma hora de pedaladas por vez – a partir de cinco minutos excedidos, você paga mais R$ 5. Então, a dica é encaixar a bicicleta numa estação e pegar outra. Simples assim. E tudo isso pode ser resolvido pelo celular mesmo. Confira os mapa com as estações de retiradas das bikes aqui.
Nos lugares citados – e também no entorno da Lagoa Rodrigues de Freitas -, há outros postos de aluguel de bicicleta, a maioria com opções também para as crianças.
Pintor brasileiro mais celebrado internacionalmente, Candido Portinari tem parte de sua trajetória artística revisitada. A mostra apresenta 71 estudos, pinturas e obras que reforçam o interesse dele em retratar o cotidiano do país e a desigualdade social. A morte precoce – em 1962, aos 58 anos – não esmoreceu a espantosa atualidade do seu trabalho. Num desdobramento que confirma o legado do artista, a exposição traz também 18 esculturas criadas por Sérgio Campos que reproduzem personagens de importantes obras de Portinari.
Portinari — A construção de uma obra. De terça-feira a domingo, das das 10h às 21h. Em cartaz até 1º de julho. Gratuito.
Caixa Cultural. Av. Almirante Barroso, 25 – Centro.
As manifestações de 2013 marcaram um momento de ruptura no Brasil. A indignação era notória, mas a voz se fragmentou em muitas frentes, em muitas lutas, sem unidade evidente. Era a anunciação de um país partido, divergente e embaçado. O golpe estava à espreita, na esquina. Aqui estamos, nesse mesmo país, cinco anos depois. E agora? Daqui, desse presente, como esse passado tão recente se apresenta? A exposição reúne olhares desses dias a partir de fotografias, performances, pinturas, vídeos, móveis, fantasias, instalações, lambe-lambes, objetos, esculturas, cartazes e gravuras. Mas não vá lá para encontrar respostas embrulhadas para presente. Quem desembrulha o presente é tu, tatu!
Junho de 2013: cinco anos depois. Abertura: sábado (02.06). Em cartaz de segunda a sábado (exceto feriados), das 12h às 18h. Até 4 de agosto. Gratuito.
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Rua Luís de Camões, 68 – Centro.
Opção de caminhada cultural pelo Leme e por Copacabana. A história dos bairros vizinhos é contada a partir dos monumentos e das memórias que eles abrigam. O passeio começa na estátua feita em homenagem a Clarice Lispector e segue por locais como Praça do Lido, Beco das Garrafas e Copacabana Palace.
Circuito Cultural: Leme e Copacabana. Sábado (02.06), a partir das 13h. Contribuição de R$ 10.
Ponto de encontro: em frente a estátua de Clarice Lispector (ao lado da Praça Alm. Júlio de Noronha).
Que tal uma aula de yoga ao ar livre para fechar o feriadão? Se gostou, siga-me por aqui, aqui, aqui, ó: a professora Fernanda Coelho vai de Vinyasa – nesse estilo, normalmente recomendado para iniciantes, o tempo de permanência nas posturas costuma ser mais curto. É domingo. Não se esqueçam de levar tapete, canga, água e protetor solar. A contribuição é consciente.
Yoga no Aterro. Domingo (03.06), às 9h.
O encontro vai ser na altura da rua Buarque de Macedo.
Filipe nasceu em Salvador, mudou-se aos 9 anos para Belo Horizonte e, aos vinte e poucos, decidiu encarar o Rio de Janeiro. Há quatro anos conheceu Gustavo, cria da capital fluminense. Jornalistas culturais, gostam de receber amigos em casa e ir ao cinema. Cada vez mais são adeptos de programas ao ar livre - sempre que podem, incluem no passeio Chaplin, esperto vira-lata adotado há um ano.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.