Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Não precisa esperar o Dia da Consciência Negra para celebrar e prestigiar o teatro, cinema, música e cultura negros, né? A gente sabe bem disso, mas a data aproveita para reunir muita programação legal com o tema como foco, e a gente selecionou alguns deles imperdíveis que estarão espalhados pela cidade por esses dias.
Tem muita coisa rolando no teatro, com programação para todo mundo. O Pequeno Príncipe Preto é também para crianças e conta a história de um príncipe que percorre diferentes planetas em uma jornada de entendimento sobre a importância da autovalorização da sua cultura. Também no Municipal, Contos Negreiros do Brasil é um espetáculo-documentário sobre a condição real e atual da negra e do negro no Brasil. Todo Camburão tem um pouco de Navio Negreiro traz o grupo cearense Nóis de Teatro narrando a saga de um menino negro que, inserido num contexto de opressão e violência, é levado a tomar decisões que lhe custarão um julgamento popular. E o espetáculo Elza, que conta a história da cantora Elza Soares ao mesmo tempo em que foge do formato convencional das biografias musicais, chega a seus últimos dias com ingressos esgotados, mas vale tentar correr atrás de um!
Todo Camburão tem um pouco de Navio Negreiro. De quinta (15.11) a terça (20.11) às 19:15. Gratuito.
CAIXA Cultural São Paulo. Praça da Sé, 111, Sé
Elza. Quinta (15.11) às 18h, sexta (16.11) e sábado (17.11) às 21h, domingo (18.11) às 18h. Ingressos: a partir de R$ 15 (esgotado).
Sesc Pinheiros. Rua Paes Leme, 195, Pinheiros
O Pequeno Príncipe Preto. Terça (20.11) às 12h. Gratuito.
Theatro Municipal de São Paulo. Praça Ramos de Azevedo, s/n, Centro
Contos Negreiros do Brasil. Terça (20.11) às 17h. Gratuito.
Theatro Municipal de São Paulo. Praça Ramos de Azevedo, s/n, Centro
Continuando o ciclo de Histórias Afro-Atlânticas, o MASP inaugura duas novas exposições ao mesmo tempo. Em “Construções afro-atlânticas”, o pintor, escultor e gravador Rubem Valentim, responsável por promover potentes articulações entre os elementos da tradição ocidental e as raízes africanas presentes na cultura brasileira, ganha uma retrospectiva com cerca de 92 trabalhos que revêem a sua fundamental produção no século 20. Nas obras, podemos notar que ele realizou o “desejo antropofágico” de Oswald de Andrade ao “deglutir” o legado cultural europeu, “digeri-lo” e então devolvê-lo ao mundo sob a forma de uma arte tipicamente brasileira. Já em “Ainda assim me levanto” (em referência ao poema “Still I Rise”, de Maya Angelou), Sonia Gomes ganha sua primeira monográfica em um museu paulistano, no ano em que completa 70 anos. São esculturas e instalações feitas a partir de materiais residuais, principalmente têxteis e outros objetos diversos, com estruturas envolvidas ou inteiramente construídas de tecidos, muitas vezes antigos, e originários do acervo familiar que remetem a práticas artesanais brasileiras.
Rubem Valentim: Construções afro-atlânticas + Sonia Gomes: Ainda assim me levanto. A partir de quarta (14.11), até 10.03. De quarta a domingo, das 10h às 18h, terças das 10h às 20h. Ingressos: R$35 e R$17 (gratuito às terças).
MASP. Avenida Paulista, 1578, Bela Vista
A Feira Preta começou com uma feirinha de produtores negros, fomentando a produção e dando visibilidade a esses produtores – o que por si só já era importantíssimo. Mas hoje a Feira Preta se transformou no maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina, e nesse feriado de Consciência Negra acontece por três dias inteiros com shows, palestras, slams, artes visuais, aulas de dança… Nos shows, tem ninguém menos que a diva Elza Soares, e ainda Luedji Luna, Rincon Sapiência, Simoninha, Slam das Minas SP e The R.A.P Party (Rhythm and Poetry, do Reino Unido), Baile Black Bom, Jah!spora e a festa Batekoo. Tem os Diálogos Criativos com a participação das inglesas Reni Eddo-Lodge, autora de “Por que não falo mais com brancos sobre raça”; e Jude Kelly, fundadora do Festival Women of the World (WOW); a senegalesa Mariéme Jamme, fundadora da Accur8Africa; e a somali Edna Ismail, fundadora do Hospital Maternidade Edna Adan Ismail. Além disso tudo tem yoga, aula de Ritmos Afro Latinos, teatro (já falamos ali em cima) e muito mais, além da feirinha em si que é demais!
Feira Preta 2018. Domingo (18.11), segunda (19.11) e terça das 12h às 22h. Gratuito.
Praça das Artes (e + lugares). Avenida São João, 281, Centro
Durante todo o Mês da Consciência Negra e até o comecinho de dezembro, o Sesc Santo Amaro está com uma programação bem completa – e toda gratuita – com música, teatro, oficinas, literatura e muito mais em homenagem à cultura negra. Separa o feriadão todo pra passar por lá, olha: tem o Espetáculo lítero musical “As aventuras do Boi B.leza” com Morabeza Nação, show Samba de Dandara convida Roberta Oliveira, espetáculo “Salve Ela!” em homenagem a escritora Carolina Maria de Jesus, Oficinas de Escrita, Voz e Corpos Criativos “Samba em Primeira Pessoa” (apenas para mulheres), oficinas de dança e de estamparia, oficina infantil “Jogos Teatrais e Brincadeiras Africanas”, contação de histórias e muito mais.
Afrobrasilidades. Até 08.12, vários horários. Gratuito.
Sesc Santo Amaro. Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro
Dose dupla da lenda da música brasileira!
Elza Soares. Quarta (14.11) às 23h. Ingressos: De R$ 40 a R$ 120.
Cine Joia. Praça Carlos Gomes, 82, Liberdade
Show para assistir de joelhos!
Lia de Itamaracá convida Ilú Oba de Min, Daúde e Clarianas. Sexta (16.11) às 21h30. Ingressos: De R$ 9 a R$ 30.
Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93, Pompeia
Ação educativa e cultural com visita e conversa sobre a obra Me gritaran negra, da artista afro-peruana Victoria Eugenia Santa Cruz Gamarra, que integra a mostra Mulheres Radicais.
Arte e Poesia: Gritaram-me Negra. Domingo (18.11) das 14:30 às 16:30. Ingressos: R$ 6 e R$ 3.
Pinacoteca de São Paulo. Praça da Luz, 2, Luz
Qual será o resultado do encontro do som eletrônico do Craca e Dani Nega com o Ilú Oba de Min?
Craca e Dani Nega + Ilú Obá de Min. Segunda (19.11) às 21h30. Ingressos: De R$ 20 a R$ 120.
Casa Natura Musical. Rua Artur de Azevedo, 2134, Pinheiros
Tavapassando e cliquei. Danilo Cabral e Flavia Lacerda registram seu dia a dia e todos os lugares por onde estão passando, em um mini-guia de shows, restaurantes, ruas e pixos no Instagram.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.