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A-Horta, uma fuga gastronômica incrível em São Paulo

Quem escreveu

Patricia Graf

Data

28 de February, 2021

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A ideia é fugir de São Paulo sem sair da selva de pedras, e ser transportado para o Universo do Impossível. É assim que chamo carinhosamente o A-Horta, um espaço ideal para uma experiência gastronômica em meio à pandemia.

A-Horta, o lugar perfeito para uma fuga dentro da cidade.

Ninguém aguenta mais estar em casa sem poder descobrir o mundo e ter novas experiências, portanto o entaovah foi buscar uma alternativa segura e inesquecível.

Um antigo sítio que ferrava burro na beira de um riacho que ia até o Rio Sumaré em Perdizes, com a casa datada de 1.928 de uma antiga família paulistana, recebe uma cabana em meio a muito verde e com uma trilha para desbravar a mata dentro do terreno.

A Oficina do antigo sítio, datada de 1.928.

Ali no A-Horta é tudo sustentável, então a cabana foi construída com madeiras de reaproveitamento e o jardim foi mantido para ter respiro na cidade. Tudo para lembrar sempre que é possível estar no mato em uma das maiores megalópoles do mundo.

O jardim da A-Horta para esquecer que está na cidade.

Eu amo pessoas que conseguem se reinventar e criar coisas incríveis em meio às dificuldades e foi isso que A-Horta fez. Uma empresa que trabalha com decoração de eventos com itens herdados de família e garimpados ao longo de uma vida, criou experiências onde antes era a oficina e o escritório. Você pode escolher entre café da manhã, almoço ou jantar.

Um espaço fofo que te convida a contar sua experiência.

Tudo é feito pensado no momento em que vivemos e por isso não há serviço durante o jantar, que é servido em três tempos por você mesmo. Além da A-Horta não receber mais ninguém e ser exclusivo para quem reservou. A dica é escolher bem a companhia para aproveitar as cinco horas que você tem para curtir essa fuga!

Um lugar reservado e seguro para jantar durante apandemia.

Apesar de ser bem romântico, o lugar é perfeito para diversos encontros. Amigos de longa data, família, dates para checar o match e comemorações de datas especiais. Ou seja, eles recebem todo tipo de confraternização de amor.

Cantinhos no jardim a serem descobertos.

O menu é escolhido antes e o horário a chegar é combinado para não ter contato nenhum com outras pessoas. Então, pelo e-mail do A-Horta, você recebe todas as informações e opções disponíveis.

Eu fui jantar e escolhi a opção espanhola do Chef André Bianchini, que foi harmonizada por @enquantoissovinho, enquanto a trilha sonora da casa toda te espera com a seleção do DJ Elohim e dá o ritmo da experiência.

trilha sonora do DJ Elohim da o ritmo da experiência no A-Horta

No horário combinado, Tampa (o porteiro) te espera para abrir o portão do A-Horta – ou Universo do Impossível – e a partir daí é com você e sua sagacidade de conhecer e desbravar o espaço.

Na oficina, descendo dois lances de escada, a sangria e as tapas te esperam prontas e quentinhas. A dica aqui é ir para essa parte antes de conhecer o jardim. Segura a emoção! Assim você garante a qualidade do produto, feito com muito cuidado. Tem muita coisa no ambiente e não se acanhe. Pegue o fósforo, acenda as velas que por ventura apagaram e tome tempo olhando cada pedacinho do espaço.

Sangria e tapas de entrada.

Depois é hora de fazer a trilha, escolher seus caminhos e realmente se desligar da cidade. Árvores graúdas, cipós e luzinhas dão o tom de magia ao lugar. Esteja atento para descobrir intervenções de arte e aconchego que estarão no caminho. Pode entrar onde der e curtir.

Escolha seus caminhos no jardim da cabana.

A próxima etapa chega no seu tempo e você deve subir os lances de escada até a cabana. Para ter certeza que está no lugar certo, é preciso ter um banco em frente a uma porta!

Entre como se a casa fosse sua (afinal, por até cinco horas ela é) e seja bem recebido por itens de arte e decoração retrô. Se você levou muito tempo na área de baixo, pode ser que seja preciso aquecer o jantar e tudo bem. Está tudo a disposição para que isso aconteça de forma natural e gostosa. O A-Horta deixa o vinho gelado e se você quiser levar mais um, só avisar e pagar a rolha.

O vinho gelado em meio a decoação retro.

A salada de entrada e a Paella Marinera, feita com afeto, camarão, lula, vôngole, cação e marisco sem casca, nos esperava em meio a 1.200 itens do acervo e estava deliciosa.

Paella Marinera é o prato principal no A-Horta

A sobremesa em uma apresentação linda era Torta Toffee, com massa crocante com creme toffee e coberto com mix de castanhas e amêndoas, acompanhada de chá.

Torta Toffee e chá para fechar o jantar.

Meia noite, no máximo, é hora de se despedir da cabana e voltar à realidade. Não triste por ter acabado, mas feliz por ter acontecido!

Já foi conhecer o universo do impossível? Entaovah!

A-HORTA
Cabana da A-horta
Quintas, sextas, sábados e domingos ou sob consulta 
Das 19hs às 24hs.
Para agendamento e informações: [email protected]

Quem escreveu

Patricia Graf

Data

28 de February, 2021

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Patricia Graf

Viajante por natureza, Patricia busca pequenas descobertas cotidianas. Acredita que o encanto das cidades mora no ritmo dos locais e pode passar horas em um café apenas observando a banda passar. Ex-dona de hostel e ex-mochileira com algumas recaídas, hoje prefere quartos com vista em nowhere. Amante das road trips e desenvolvedora de roteiros com a cara do viajante, cai na estrada para conhecer e desbravar esse mundão.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.