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As Yellow Bikes vieram para SP para ficar

Quem escreveu

Renato Salles

Data

12 de September, 2018

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Apresentado por

Você já deve ter visto elas se multiplicando pela cidade como gremlins na piscina. Em menos de dois meses, as magrelas amarelinhas apareceram e se espalharam por vários bairros. E em ano de greve de caminhões, a chegada não poderia ser mais bem vinda. A Yellow Bike é o mais novo serviço de bicicletas compartilhadas a invadir São Paulo, e dessa vez é para ficar.

Houve um tempo que as bikes laranjas do Itaú eram o mais contemporâneo que tínhamos em mobilidade urbana. Chegaram as vermelhas do Bradesco para fazer concorrência. Mas as duas pecavam, e muito, justamente por ficarem restritas a regiões específicas do centro expandido, onde instalaram suas estações. Com a Yellow Bike é diferente. Essas bicicletas tem um sistema de trava associada a um GPS que permite que você pegue e largue-as em qualquer lugar. Por isso elas foram tão longe em tão pouco tempo.

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As amarelinhas não são mais as pilhas

‘Isso nunca vai dar certo no Brasil!’, pensamos eu, você e todo mundo em volta. Sim, brasileiro não sabe lidar com ‘coisas públicas’, e sempre quer transformar o bem comum em privado. Vários veículos alardearam como as Yellow Bikes foram, já nos primeiros dias, saqueadas, arrombadas, mutiladas e até vendidas. Mas calma! Um pouco de paciência e uma dose de otimismo pode fazer a iniciativa vingar. Quer ver?

O sistema de compartilhamento de bicicletas teve origem na China em 2016, e logo se espalhou por dezenas de países. O problema de manutenção das bikes aconteceu em praticamente todos eles, muitas vezes muito pior. Na Itália surgiu até uma quadrilha de roubo de bicicletas, e algumas foram parar no fundo dos canais de Milão. Não parece promissor. Mas agora vou te dar um dado positivo: já no primeiro mês, a Yellow Bike já registrou 150 mil viagens com as suas 2.000 amarelinhas disponíveis ate agora. Isso é uma marca sem precedente no mundo, que mostra como o brasileiro (ou pelo menos o paulistano) tem vontade de adotar o bike sharing como parte do cotidiano.

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Entre os fundadores da Yellow está Eduardo Musa, que foi presidente da Caloi por 20 anos e manja tudo de bicicletas.

Segundo Luiz Felipe Marques, diretor de marketing da Yellow, nada melhor para combater o vandalismo colocando cada vez mais bicicletas nas ruas. Quanto mais bikes estiverem por aí, menos as pessoas vão se importar com elas. Menos elas são cobiçadas. Tanto que a ideia deles é ter 20 mil unidades até o fim do ano, e em 2019 chegar à marca de 100 mil. Isso sem contar com os patinetes motorizados que vêm por aí.

Como qualquer novidade, também nós, usuários, temos que nos adaptar. E se adaptar significa conhecer as regras do jogo. Por conta do GPS, bikes desaparecidas são caçadas (a pessoa que tentou vender as bikes no OLX está sendo processada). Colocar para dentro do portão de casa é motivo para ser denunciado e acabar sofrendo retaliações no serviço. E tem também algumas regras de segurança e conduta que podem fazer todo mundo pedalar em paz. A consultora de comunicação do LinkedIn, Stephanie Hering, fez um mini-guia com dicas que podem ajudar muito. Vale a pena conferir (spoiler: NÃO PODE largar ela em qualquer lugar, tem jeito certo de deixá-la).

Se tudo correr bem, logo logo tem bicicleta amarela por tudo que é canto, e todo mundo vai acabar aderindo os movimento ciclista. E com isso, talvez, São Paulo fique com o tempo bem mais bike friendly do que é hoje. Quem ainda não testou o sistema, pode baixar o app aqui (IOS e Android). Depois conta para nós as suas impressões. Bora pedalar?

*Fotos: Divulgação

Quem escreveu

Renato Salles

Data

12 de September, 2018

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Apresentado por

Renato Salles

Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.