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O que você não pode perder na Virada Cultural 2018

Quem escreveu

Tava Passando

Data

15 de May, 2018

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Apresentado por

A décima quarta edição da Virada Cultural já aponta no horizonte e ocupa o centro de São Paulo – além dos quatro pontos cardeais da cidade – no próximo final de semana, com 24 horas de atrações ininterruptas! Voltando à fórmula que consagrou o evento durante todos esses anos de vida, a maior concentração de atrações estará no centro histórico, com palcos que vão do forró ao rock, do samba ao jazz, do groove à bossa nova.

Chegando perto de 900 atrações, é impossível acompanhar tudo e muita coisa pode passar desapercebida em meio a tantas opções. Ainda mais se contarmos a programação estendida da Virada, que conta com vários participantes como algumas unidades do SESCSP, o Red Bull Station, a Casa de Francisca e o corredor cultural da Avenida Paulista, formado pelo IMS, Japan House, Casa das Rosas e Itaú Cultural, entre outros. Além da música – que sempre foi o carro-chefe da Virada – ainda rolam muitas intervenções artísticas como dança, circo, exposições, leituras, instalações e atividades para a criançada, abrangendo todo tipo de linguagem cultural. Aceitamos o desafio e selecionamos atrações incríveis e imperdíveis para todo tipo de gosto, vamos lá!

Os clássicos na Virada

A Virada Cultural sempre teve espaço para os grandes nomes da música brasileira, tanto do passado quanto do presente (e até do futuro). Neste ano não será diferente, com artistas importantes da MPB se apresentando em vários lugares e também o resgate da memória musical brasileira com os palcos temáticos. O grande destaque é a volta do nosso querido Discos Completos, que sai do Theatro Municipal e vai pra rua, atingindo um público maior. Abrindo a programação teremos os lendários Antonio Carlos & Jocafi tocando seu disco de estreia (“Mudei de Ideia”) e também o cultuado Téo Azevedo revisitando seu clássico semi desconhecido “Grito Selvagem”. O palco também abre espaço para discos clássicos recentes como o “Uhuuu!” do Cidadão Instigado (ouça acima), “Vivendo e Não Aprendendo” do Ira! e a comemoração dos 30 anos do Legião Urbana com os dois integrantes remanescentes.

Os palcos Bossa Nova e o Jazz/Instrumental também receberão muitos arquitetos da música brasileira. Comemorando os 60 anos de nascimento do estilo tipicamente brasileiro, as musas eternas Doris Monteiro e Claudya apresentam shows com repertórios focados na bossa nova, além de um tributo ao grande Johnny Alf. Já o Jazz/Instrumental tem um desfile de gente foda e cobre vários subgêneros musicais, indo do encontro inusitado do Hurtmold com Panda Gianfratti, passando pela galera mais nova como o Los 5, o ATR e Hammond Grooves. Terá espaço também para uma homenagem ao Carlos Eduardo Miranda (agitador cultural falecido há pouco tempo) com sua banda de ritmos latinos mucho locos La Cumbia Negra e pelo menos dois shows imperdíveis: o Projeto Coisa Fina convida o maestro Letieres Leite e um raríssimo show do projeto João Donato Elétrico.

A rua foi feita para dançar

Uma das coisas mais legais da Virada é ocupar os espaços públicos do centrão da cidade e dançar na rua como se ninguém estivesse olhando! E trilha sonora para isso não faltará neste edição, já que shows dançantes e festas para todos os públicos transformarão as ruas e praças em enormes pistas de dança. A Praça da República vai ter motivos de sobra para bater cabelo, com shows do Rico Dalasam, Elza Soares, Jaloo, Aila e Negra Li numa grande celebração da diversidade. Ali pertinho, no palco Groove, uma verdadeira constelação de bandas que têm como principal objetivo fazer você dançar como o Aláfia (que toca junto com o mestre Luis Vagner), Black Mantra (veja acima) convidando o funk brother soul Gerson King Combo, Bixiga 70, Nômade Orquestra e aquele que promete ser uma das coisas mais legais desta Virada, o show inédito do Curumin com a fantástica Geovana.

Quanto às festas, vai ter de todas as formas, cores e estilos musicais. A Praça das Artes será invadida pelas melhores festas indie e roqueiras de São Paulo, a Caverna no sábado e a Garageira no domingo – com direito a shows da Orquestra Vermelha, The Monic e do Autoramas. Já o coreto da Bolsa de Valores será o lugar para quem quer dançar brasilidades, música latina e graves mundiais, com as festas Rabo de Galo, Veneno Soundsystem, WahWah DJs e Entrópica. O fervo também toma conta da Avenida Vieira de Carvalho, com praticamente todas as festas com temática LGBT numa grande celebração de 24 horas ininterruptas, formando um grande corredor até o Largo do Arouche. Por lá passarão Heteronormadiva, Rebobinights, Meu Santo é Pop, Chacoalha Bichona, Tenda, Pardieiro, Siga Bem Caminhoneira, Lua Vai, entre muitas outras. Além disso tudo, ainda tem mais festas espalhadas pelo centro e nos palcos descentralizados, como o ponto da Mareh, Javali e Sem Loção, a festa carioca Minha Luz é de Led, a Ursound, o Baile dos Ratos no meio do palco Forró, o coletivo Amen tomando conta do Teatro de Contêiner e uma programação recheada e potente de música eletrônica na Chácara do Jockey (veja abaixo).

Caetano Veloso, Xuxa e o pop

Atrações extremamente populares também aparecem na programação. A tão alardeada apresentação da Xuxa, em pleno domingo no Anhangabaú, promete arrastar uma multidão pra frente do palco, visto que a Rainha dos Baixinhos ainda emociona tanto os pais quanto os filhos e deve ser a grande atração do dia. Mas tem muitos outros espetáculos populares na grade, como os cortejos do Olodum (veja acima) com Carlinhos Brown, o inédito encontro do bloco Tarado Ni Você com seu muso inspirador Caetano Veloso e Sheila Mello voltando a dançar à frente do É O Tchan, tudo isso descendo a Consolação!

E não para por aí, ainda tem o palco Chacrinha (também no Anhangabaú) com Gretchen e ValescaExaltasamba e Fundo de Quintal no palco Samba, Falamansa no palco Forró, Jota Quest e Paulo Miklos na Chácara do Jockey e todo o palco Anos 90 (no Largo do Arouche) que vem com Beto Barbosa, Deborah Blando, Fat Family, Double You e Fernanda Abreu. Tá pouco de pop ou quer mais?

A guitarra não morreu

Por mais que muita gente diga que o rock morreu (pela enésima vez), ele continua vivo e muito bem representado na Virada Cultural 2018. Tem palco dedicado exclusivamente ao estilo, com bandas novas (o incrível Black Pantera – veja acima – e as minas ferozes do Rakta e do Ema Stoned), outras que já estão com caminho pavimentado (Ego Kill Talent e Far From Alaska) e também medalhões do barulho (Krisiun e Ratos de Porão). Mas não só isso: esta edição tem também um palco que conta a História do Rock brasileiro, dos anos 50 (em tributo organizado por Clemente, dos Inocentes) até a novíssima E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante, passando pelo último show da carreira do Patrulha do Espaço e os enormes Paralamas do Sucesso fechando o palco, fazendo um apanhando bacana do impacto e importância do rock n’ roll na música brasileira.

Rap e hip-hop

O hip-hop – em todas as suas ramificações – é um dos estilos com a maior presença nesta edição. Também pudera, o rap brasileiro nunca esteve tão em alta e com tanta gente foda produzindo música de qualidade. Tanto que a Virada reservou pelo menos quatro palcos com programação completa (ou quase) centrada nas várias linguagens dentro do estilo, indo do breakdance – presente com um palco dedicado inteiramente à dança em seu lugar de origem, o Metrô São Bento – até o trap, boom bap e old school. A velha guarda está muito bem representada no palco Rap Nacional, que abrigará shows do NDee Naldinho, Thaíde, Possemente Zulu e Dexter, além de um dos nomes mais importantes atualmente, Rincon Sapiência. Outro palco onde o grosso da programação é o rap será o Skate, com uma mini-rampa para quem quiser arriscar umas manobras e Rael, Marcelo D2, o encontro absurdo do RZO com o Coruja BC1 e o grande Black Alien no lineup.

Fora do centro o rap também chega pesado com Rappin’ Hood, DMN voltando a rimar com o Xis, Sorry Drummer e a rapaziada da Arena do Flow botando o Centro Cultural Cidade Tiradentes para bater cabeça e Flora Matos, Rodrigo Ogi e Coruja BC1 (em show solo) agitando o Centro Cultural da Juventude. Além de tudo isso, outros nomes estão salpicados em outros palcos, como é o caso do Emicida e Drik Barbosa no Campo Limpo, O Novíssimo Edgar (ouça acima) e o Projota na Chácara do Jockey e a galera da nova escola arrepiando no Centro Cultural São Paulo, que alinhou Erick Jay, Bivolt, Diomedes Chinaski, Síntese e De Leve para compor as 24 horas de programação por lá.

Descentralizados

A Virada Cultural também vai rolar nos pontos cardeais de São Paulo. No Zona Oeste, a festa está marcada na Chácara do Jockey, que concentra as atrações mais jovens e instigantes da programação. Recheado com Slackers, Karol Conká, Heavy Baile junto com o sensacional ÀTTØØXXÁ (ouça acima) e Linn da Quebrada no palco principal, os combos de festas ODD + Gop Tun, Vampire Haus + Capslock, Pilantragi + Venga Venga, Discopédia + Minha Luz é de Led e as minas do Feminine Hi-Fi (com participação das Sound Sisters, Ruído Rosa e Anelis Assumpção) dividindo a pista com o Dubversão Sistema de Som deixam a Chácara com selo de irresistível. E ainda tem o palco do Coreto com artistas que você não ouve no mainstream como Lay, MC Tha, o já citado Novíssimo Edgar e o furacão angolano Titica, além de dois espaços batizados de MEAV (Música Eletrônica Ao Vivo) com artistas e produtores que raramente têm chance de se apresentar ao vivo fora do ambiente das festas. É por lá que passarão Black Snake 808, Badsista, Cláudia Assefcoletividade.NÁMÍBIÀ, Fronte Violeta, Felinto, L_cio, Zopelar e muitos outros.

O Parque da Juventude é o local escolhido para receber a Virada na Zona Norte e promove uma série de encontros musicais, muitos deles inéditos. Por lá passarão Liniker e os Caramelows com Candy Mel e Luedji LunaVeja Luz e Black Alien, Rael convidando a musa IzaFunk Como Le Gusta com Thaíde e Sandra de Sá. O samba toma conta do Itaquerão, no lado leste da Virada, com os mega Katinguelê, Fabiana Cozza, Sampagode com Leci Brandão, a escola de samba montada especialmente para o evento Unidos da Virada Cultural e mais Dudu Nobre junto com Paula Lima. E no extremo sul de São Paulo ficará o palco do Campo Limpo que como já dito lá em cima, vai receber ninguém menos que Emicida e mais Drik Barbosa, DJ Hum, Rap Plus Size e uma das coisas mais bonitas desta Virada, o encontro das Clarianas com o Ilú Obá de Min.

Virada Cultural 2018. Das 18h do dia 19/05 até às 18h do dia 20/05. Gratuito.
Centro de São Paulo e mais inúmeros lugares espalhados pela cidade.

Foto da capa: Carlos Severo/ Milenar Imagem

Quem escreveu

Tava Passando

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15 de May, 2018

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Tava Passando

Tavapassando e cliquei. Danilo Cabral e Flavia Lacerda registram seu dia a dia e todos os lugares por onde estão passando, em um mini-guia de shows, restaurantes, ruas e pixos no Instagram.

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