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Guia de sobrevivência em Lisboa

Quem escreveu

Dani Valentin

Data

26 de June, 2018

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Portugal é o país do ano: nunca em toda a sua história o lugar esteve tão na moda como atualmente. Isso significa que se você nunca pensou em conhecer sua capital, Lisboa, você começou a pensar no assunto nos últimos tempos. Lisboa é uma cidade linda, pequena e muito charmosa. E é uma cidade razoavelmente fácil. Porém, como sempre, tem aquelas coisas que você sempre descobre no final da viagem e ficou chateado que não te contaram antes. Aqui, a gente te dá umas dicas básicas pra se virar por lá e tirar o melhor proveito do seu tempo. Tem mais dicas? Manda pra gente!

Use o Zomato em vez do Foursquare

Sempre que viajo, sempre uso o Foursquare ou o Yelp para ver dicas de onde comer na cidade. Em Lisboa, a minha impressão é que quem usa o Foursquare (Yelp por lá é bem fraco) são os turistas e por isso, ou você não encontra sugestão nenhuma – porque não está em uma área turística – ou encontra muita coisa furada. Depois que me meti em algumas roubadas com ele, comecei a usar a Timeout Lisboa, que tem umas dicas muito boas. O problema da Timeout é que como é usada por basicamente todo mundo, é bem comum encontrar todos os restaurantes que estão ali cheios. Foi só no final da minha estadia por lá que comecei a me guiar mais pelo Zomato e achei no final a melhor opção. Eu uso bastante o Zomato no Brasil para ver cardápio, mas em Lisboa – e imagino que em Portugal como um todo –  ele é bem mais completo, com notas, fotos e etc. Duas outras opções que achei que valem: o Lisboa Secreta é como um SP24hrs, não é tão completo quanto o Zomato, mas é bom para dicas mais locais. E o Almost Locals, além de ter muito conteúdo sobre Lisboa, faz mensalmente um guia com os eventos mais bacanas que acontecem por lá.

Ladeiras

Lisboa
Foto: pixpoetry / Unsplash

Pois é. Eu sempre andei muito e achei que as ladeiras de Lisboa nunca seriam um problema, mas juro que em alguns momentos pensei em sentar na calçada e chorar. A verdade é que é impossível evitá-las: mesmo pegando muito bonde/metro/ônibus, você com certeza vai subir ainda muita ladeira. Se você estiver com alguém com dificuldade de locomoção, olhe primeiro no Street View do Google Maps o local onde vocês vão se hospedar porque faz diferença. Além disso, se for alugar casa no Airbnb, não deixe de olhar o andar que o apartamento fica, já que é bem raro os prédios terem elevador e normalmente as escadas são bem pequenas e íngremes. De resto, é engolir o choro e ir. Se você é muito sedentário, faça uns exercícios antes.

Reservas

Lisboa foi completamente invadida por turistas. Não só isso, por lá, como os prédios são antigos, normalmente os restaurantes também são bem pequenos. Dessa forma, é comum subir todas as ladeiras do mundo e descobrir chegando no lugar que eles estão cheios e não terá mais lugar para a noite. E aí, é possível que você até tenha um plano B ou C, mas é provável que o seu destino seja o mesmo nesses lugares também. Por isso, se não quiser chegar super cedo em um restaurante, é uma ótima ideia fazer reserva. A maioria dos lugares aceita e as pessoas por lá fazem mesmo. Normalmente não é preciso fazer com muita antecedência, alguns deles aceitam até com algumas horas apenas antes.

Taxfree

Lisboa
Foto: Pedro Szekely

A maioria das lojas, principalmente nos lugares mais turísticos como Chiado e Príncipe Real, dão tax free. O problema é que para receber o suado dinheirinho de volta – e, acredite, com o euro batendo os 5 reais, qualquer pouquinho vale a pena – é um trabalhão: No check-in, você avisa que tem produtos tax free. Eles não despacham sua mala, e você vai para a fila da empresa – Global Blue ou Premier. Depois de passar por ela, você vai para a fila da alfândega mostrar os produtos e despachar sua mala – se sua nota não tem o carimbo da alfândega, pode dizer adeus ao dinheiro. Se você ainda tem produtos que vai levar na bagagem de mão, tem que fazer de novo o mesmo processo quando já tiver passado pela segurança. Ou seja, dá pra gastar umas boas 2 horas nisso – contando já que o pessoal da alfândega não é dos mais eficientes. Para agilizar um pouco esse processo, existem na cidade vários pontos que você já faz o primeiro check – o das empresas – e recebe o dinheiro de volta. Isso não quer dizer que você pode pular a fila da alfândega. Você ainda vai ter que mostrar os produtos comprados antes de embarcar, mas você já pula uma das filas. O processo deve ser feito um pouco antes de viajar e, se você não conseguir passar na alfândega depois, o dinheiro que você recebeu vai ser cobrado no seu cartão de crédito. Existe um ponto da Global Blue bem em frente a estação Restauradores e uma da Premier na Praça das Figueiras.

Eu recomendo também deixar os produtos agrupados para passar em só uma alfândega, ou a da mala de porão ou a de bagagem de mão.

Aeroporto

Se tem um aeroporto que eu odeio na vida, é o aeroporto de Lisboa. Juro que fico com saudades de Guarulhos quando estou por lá. Além da estrutura dele não ser muito inteligente, ele ser pequeno, ele é muito, mas muito mesmo mal organizado. Me parece que rola uma preguiça em separar filas então sempre tem uma fila enorme pra vários vôos/empresas. Se não quiser passar estresse desnecessário, chegue cedo, se informe bem, e tente fazer o que precisa da forma mais rápida possível.

Pastel de nata

Pastel de nata
Foto: Marco Verch

Essa dica pode ser chover no molhado, mas vamos lá: você está lá em Lisboa, aí vê aquele pé sujo bonitinho, só com locais e imagina que o pastel de nata dali deve ser muito melhor do que aquela loja com filas quilométricas de turistas. Pois é: você provavelmente vai estar enganado. Possivelmente o pastel está ali parado há dias, porque não é o foco deles, e a massa já está dura. O grande lance é que pastel de nata tem que ser fresco: se ele está já a algumas horas parado, ele já perde um tanto da graça. E por isso, os melhores lugares para comê-los é nos lugares específicos e que por isso tem uma saída grande. Além da famosa Pastéis de Belém – que por lá é a única que pode chamar o pastelzinhho assim – fique sempre com a Manteigaria ou a Fábrica da Nata.

E já que o papo aqui é sobre pastéis de nata, aqui vai mais uma sugestão: quando você chega na Pastéis de Belém, tem sempre uma fica enoooorme na frente de pessoas que pegam o pastel ali fora para comer na rua mesmo. A forma mais fácil porém de comer ali é ignorar toda essa fila e entrar direto no café. O salão do lugar é enorme e sempre tem mesas livres onde você pode sentar e pedir o seu pastel mais rápido e de forma mais confortável que ali na frente.

O lisboeta

Olha, vou te dizer: eu levei um pouco de susto com o jeitinho lisboeta. Tirando algumas exceções, é bem provavel que você ache o povo bem mal educado. Principalmente quando falamos em serviço. A verdade é que eles são bem diretos e não existe a menor tentativa de ser um pouco gracioso. E não ache que isso é uma coisa contra brasileiros: se você perceber bem, eles são bem grossos entre eles mesmos. A minha impressão é que eles não são mais grossos com os outros estrangeiros porque na maioria das vezes não dominam tanto o idioma para isso. Mas como falei, existem exceções. E, se um dia rasgarem com você, não leve para o pessoal.

Se você quer saber mais sobre Lisboa, dá uma olhada no que a gente já publicou por aqui:

* Foto de capa: Liam McKay / Unsplash

 

Quem escreveu

Dani Valentin

Data

26 de June, 2018

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Dani Valentin

A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.