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Sónar Barcelona: o que ver além da música

Quem escreveu

Amanda Foschini

Data

09 de June, 2017

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Seguimos em catarse musical em Barcelona: depois de dias intenso de Primavera Sound, é hora de pular de cabeça no Sónar, festival do coração de alguns dos CoP’s. A edição deste ano vem tunada – com mais dias, novos espaços e uma clara abertura a novas vertentes musicais como grime e o trap – e confirma as intenções do festival de ir muito além dos palcos. As novidades desta edição, que acontece entre os dias 15 e 17 de junho em Barcelona, são muitas e diversas: de maratona com Björk, passando por restaurantes com estrelas Michelin e exposições comissionadas especialmente para o evento.

Neste post fizemos diferente: fomos além dos imperdíveis musicais para mostrar tudo o que também vale a pena além do palcos. Mesmo porque, com um lineup redondíssimo com figuras como Nicolas Jaar, Moderat, Arca, Robert Hood, De La Soul, Jon Hopkins, Daphni e Soulwax, entre tantas outras onças, ainda não sabemos muito bem onde jogaremos nossos corpinhos.

Gastronomia premiada

O lineup gastronômico desta edição do festival também está estrelado: Albert Raurich, do restaurante Dos Palillos, Victor Quintillà do Lluerna e  Xavier Pellicer do Céleri – cada um com uma estrela Michelin no currículo – serão os responsáveis pela oferta gastronômica da área VIP. Cada chef criará dois menus exclusivos para cada um dos três dias de festival: uma versão mais robusta, com entrada, prato principal e sobremesa, e outra mais rapidex com um sanduíche tocado pelo raio gourmetizador do trio. Para provar a fina nata da culinária local sem nem precisar sair do evento.

Björk rainha de tudo em dose tripla

Björk será a cereja do bolo desta edição do Sónar e vai se desdobrar em três: DJ, palestrante e exposição de arte. O intensivão começa no dia 13 de junho com a estreia da exposição “Björk Digital” no CCCB de Barcelona. Realidade virtual, vídeos, performances e instalações contarão um pouco da longa e estreita relação da artista com o mundo da arte. No dia seguinte e um dia antes do início oficial da programação, Björk sobe ao palco para um DJ set inaugural raro e especialíssimo – limitado a 3 mil pessoas – que levará todo mundo para passear por todas as suas muitas referências musicais durante 4 horas. No mesmo dia 14 de junho, a artista assume seu lado mais intelectual e dará uma palestra no Sónar +D sobre sua conexão com o mundo audiovisual, um dos temas centrais do congresso nesta edição.

Sónar cultural

O belíssimo Pavilhão Mies van der Rohe. Foto: Pepo Segura – divulgação.

Além da exposição de Björk no CCCB, o Sónar segue seu plano de dominação e invade outros importantes centros culturais da cidade. O Pavilhão Mies van der Rohe, obra ícone (e de cair o queixo) da arquitetura moderna e visita obrigatória para quem gosta do assunto, abrigará a instalação “Wave Shift”, de Mark Bain, que captará as vibrações sísmicas da estrutura do edifício para depois reproduzi-las em caixas de som e sobre a água do estanques ao redor do prédio. O centro cultural Arts Santa Mònica apresentará “Lightforms / Soundforms”, a mostra mais completa até hoje sobre o trabalho do músico Brian Eno. O Museu do Design trará a Barcelona a exposição “David Bowie is”, retrospectiva comissionada pelo Victoria & Albert de Londres.

Baile do bom com Masters at Work

A pista de dança como é entendida e bailada hoje deve muito à dupla “Little Louie” Vega e Kenny “Dope” Gonzalez. Os nova-iorquinos do Masters at Work – que conquistaram o total direito de se auto-definirem assim – quebraram regras e amassaram estereótipos ao colocarem house, disco, funk, hip-hop e música latina no mesmo groove. Suas produções de house e garage são hinos atemporais que seguem fervendo qualquer pista desde o início dos anos 90. Sua discografia é longa, repleta de joias, divertidíssima e altamente dançável. A dupla fará um set de 6h no renovado palco SonarCar, que propõe um olhar musical mais cuidadoso, com sets especiais e muito mais longos que o comum. Jogação sem correria e sorrisos garantidos.

SonarCar: sets longos para quem não tem pressa para nada

Neste ano, o Sónar volta a apostar em um conceito que funcionou lindamente na edição passada: um espaço onde um único DJ é o dono da festa, fazendo e desfazendo o que quiser a noite inteira. Nada de setzinho amostra grátis com uma hora de duração. Quem assume as mesas do SonarCar precisa ter bala e bagagem para encarar 6 horas de set para um público mais exigente que o comum. Sabendo que a tarefa requer muita expertise, o festival escalou só a nata: na sexta, Masters at Work vão dar aula de house para ouvidos sedentos e, no sábado, Seth Troxler e Tiga vão engatar a quinta marcha para fechar o festival descendo a lenha no electro, em um b2b certeiro que já fez muita gente suar. Maratona para pernas e corações fortes.

Documentário ao vivo com Dopplereffekt

O Sónar+D, a versão mais geek do festival, apresentará no dia 15 de junho “Entropy,”, um projeto interdisciplinar sobre a origem do universo com Dopplereffekt, o misterioso e mítico duo americano de música eletrônica. Avessos à publicidade e a grandes shows, a dupla se unirá à astrônoma e cosmologista Dra. Dida Markovic e ao coletivo visual Antivj para apresentar um “documentário ao vivo”, no qual a trilha sonora ficará por conta de dupla, enquanto Antivj fará arte em cima de dados astronômicos. Viagem interespacial com som sério.

*Foto destaque: Moderat (Velodrom 2016) por Birgit Kaulfuss / divulgação.

Quem escreveu

Amanda Foschini

Data

09 de June, 2017

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Amanda Foschini

Jornalista paulistana hiperativa que às vezes puxa o R lá do interior. Viciada em música, açúcar, livros e praia. É mais feliz no verão, acredita nos reviews do Foursquare e sempre dorme no meio filme. Há 5 anos, vive um caso de amor (correspondido) com Barcelona.

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