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Você é um bom companheiro de viagem?

Quem escreveu

Renato Salles

Data

12 de January, 2014

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Programar uma viagem é fácil. Dá trabalho, mas o que não faltam são ferramentas e guias para ajudar a escolher destinos, passagens, hotéis, passeios, etc. Difícil mesmo é escolher com quem viajar. Tudo bem, na maioria das vezes acabamos indo com alguém da família ou namorado(a), ou seja, alguém com quem a gente já se acostumou – e já aprendeu a lidar com as manias e chatices. Mas e quando você precisa de um amigo para ir com você? Ou quando o grupo é maior? A escolha pode ser complicada, e se você errar pode transformar suas férias em um estresse. E pior, você mesmo pode acabar na listinha negra dos amigos, e quando todo mundo for programar uma temporada fora, podem acabar combinando tudo pelas tuas costas.

Para não errar (nem de um lado nem de outro), aqui vai uma listinha de características que vão ajudar muito no convívio na hora de por o pé na estrada.

Independência: regra número um para duas pessoas se aturarem, se elas não compartilham sangue ou se beijam na boca. Nem melhores amigos conseguem passar tanto tempo sem se desgrudar. Se um quer ver o balé e o outro quer visitar a boca do lixo da cidade, encontrem-se depois para tomar um café e contar as aventuras de cada um. Se é que o balé deixou muito para contar. E para ajudar na hora de se encontrar no final, um bom chip de celular com 3G é essencial.

Programação: já que vocês são duas cabeças pensantes, nada melhor do que juntar forças para pesquisar o que tem de bom para fazer. Você pode ser a pessoa que mais entende de música e vai achar os melhores shows que vão acontecer, mas pode ficar perdido na hora de saber onde comer. Estude as coisas que te interessam e não vá viajar que nem um peso morto. Tente juntar suas idéias com as do outro antes de ir para montar um roteiro que misture as duas coisas.

Tempo livre: sufocar o outro com suas programações não rola. Senão a viagem é tua e o outro só está lá de figurante. Deixe sempre um tempinho livre para os programas do outro, ou para improvisar. Se fosse para viajar com o pacote todo pronto, eu pelo menos prefiro escolher uma Stella Barros da vida, que além de parcelar tudo em 24x, ainda tem uma bandeirinha vermelha me indicando onde ir o tempo todo.

Bom humor: vamos falar a verdade, mau humor não dá nem para aturar em casa, que dirá nas férias. Se você tem propensão a ficar mal humorado com os problemas que sempre acontecem, provavelmente você já foi colocado para escanteio, e vai se beneficiar mais do flashpacking. Dentro na normalidade, todo mundo tem os momentinhos de bode, mas nas viagens essas ondas podem ser muito broxantes. Pense que os perrengues são inevitáveis e, convenhamos, acabam virando as melhores histórias para contar na volta. Então faça como o carteiro Jaiminho e evite a fadiga: dê risada na hora mesmo e toque em frente.

Dinheiro: ponto nevrálgico e difícil de lidar, mas encare de frente. Antes de ir melhor definir o ‘padrão’ da viagem. Se um estiver contando moedas, melhor o outro, mais esbanjador, entrar na onda, ou a companhia pode não funcionar. Imagina teu amigo lá, feliz, saboreando uma lagosta e você do lado de fora no frio comendo um cachorro-quente de rua esperando ele sair. Ou então se disponha a pagar por dois nos teus arroubos. Você curte a tua experiência e ainda faz uma gentileza.

Dinheiro 2: viajar on a budget é normal, mas vá com calma. Fora de casa é comum você pagar o taxi hoje, o outro dá a gorjeta amanhã. Os trocados viram bem comum e não tem nada mais irritante do que gente que fica planilhando cada gasto e depois vem te cobrar os 33 cents que você ficou devendo. Se é para ir nesse espírito, fique em casa (ou volte para o flashpacking).

Horário: não vamos enganar ninguém, em termos de pontualidade, nós brasileiros não somos os mais esforçados. E também, nas férias, ninguém quer ficar de olho no relógio. Mas ficar esperando, e perdendo o precioso tempo por causa dos outros é imperdoável. Se a ressaca te impediu de sair da cama, ou a chapinha vai demorar mais que o esperado, avise antes. Ou, se for realmente uma ótima companhia, libere os outros e se esforce para encontrá-los depois.

Autonomia: quando alguma coisa sai muito errada, é bom ter alguém para ajudar. Mas se você se deu mal, não arraste todo mundo com você. Se tua mala extraviou ou perdeu teu passaporte, já basta que você vai perder tempo tentando recuperar suas coisas. Vá sozinho e deixe os outros curtir. E se ficar doente, pode pedir para alguém te comprar o remédio na farmácia, mas ninguém precisa ficar no quarto de hotel assoando teu nariz.

Diversão: no fim das conta, a única coisa que queremos nas férias é nos divertir. A melhor coisa para ajudar nisso, é alguém que sabe essas regrinhas, mas não precisa pensar nelas para seguí-las. O melhor amigo para viajar é aquele com quem você se diverte o tempo todo. Estando junto ou separando de vez em quando, o bom é voltar só com história boa no final.

E para você, o que é uma boa companhia de viagem?

*Foto destaque: Elijah Henderson

Quem escreveu

Renato Salles

Data

12 de January, 2014

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Renato Salles

Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.

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