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E se você pudesse mudar de país?

Quem escreveu

Paula Abrahão

Data

17 de January, 2014

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Mas estou falando de mudar mesmo, não só morar fora por um ano ou alguns meses. Se você pudesse ir agora para qualquer lugar do planeta, para onde iria?

Eu e o Shiota escolhemos os Países Baixos, o quarto lugar mais feliz do mundo (de acordo com esse ranking).

Crédito foto: Eduardo Shiota Yasuda - www.eshiota.com
Crédito foto: Eduardo Shiota Yasuda – www.eshiota.com

Sempre gostamos muito de viajar, sonhávamos em poder vivenciar uma cultura nova, totalmente oposta à nossa, e conhecer o mundo. Até então, só conhecia algumas cidades americanas, como DC, Nova York, Miami e Chicago, e o sonho de viajar pela Europa parecia uma coisa distante – malditos sejam os euros e as libras, sempre tão caros na hora da conversão.

O plano era procurarmos vagas de trabalho na Europa e Estados Unidos só em 2014, mas apareceu uma oportunidade ótima para o Shiota em Amsterdã no segundo semestre de 2013 e decidimos encarar a aventura juntos. Mudar de país não é fácil, especialmente se você escolher um local cuja cultura e o idioma são desconhecidos. O coração aperta por deixar a família, os amigos e um trabalho bacana para trás, mas ao mesmo tempo a adrenalina que as novidades trazem é insuperável. Imagina ter a Europa inteira como seu quintal e poder viajar a qualquer momento? Essa foi uma das maiores motivações.

Também não é tão simples assim conseguir entrar em um país e obter um visto e/ou permissão de residência. Em nosso caso, tivemos toda a segurança de uma proposta de emprego em Amsterdã, e a empresa contratante foi atrás de um visto “high skilled migrant”. Esse tipo de visto é concedido quando você é contratado em uma empresa no exterior, e cada país tem suas regras específicas. Nos Estados Unidos, por exemplo, as empresas podem fazer essa solicitação de visto apenas 1x ao ano, em um determinado mês – e em 2012 as vagas acabaram em algumas horas. Os custos para tirar esse tipo de visto são altos, mas geralmente as empresas cobrem.

Para facilitar os processos no exterior e evitar qualquer problema, decidimos casar no civil para oficializar nossa situação de “morando juntos há alguns anos”. É obrigatório? Não, mas dá um pouco mais de segurança.

As documentações necessárias nestes processos são a certidão de nascimento e, em nosso caso, a certidão de casamento – além de cópias de passaporte, RG, CPF e afins, que são menos relevantes no processo. Estes documentos devem ser legalizados com o Itamaraty, traduzidos com um tradutor juramentado e legalizados novamente no Consulado do país de destino. Com a burocracia encaminhada, é só esperar receber o adesivo no passaporte e ir ser feliz.

Crédito foto: http://instagram.com/eshiota
Crédito foto: http://instagram.com/eshiota

Vendemos todos os nossos móveis, separamos roupas para doar/jogar/vender, nos despedimos dos amigos e demos adeus para São Paulo sem remorso. A mudança é difícil, mas você tem duas opções: ir embora e ficar se lamentando, ou abraçar uma nova realidade. Optamos pela segunda, e tem sido incrível desbravar a cidade e entender um pouco melhor os costumes dos holandeses.

Ao chegar em um país desconhecido para ficar, é importante se manter ocupado – especialmente se você não estiver trabalhando inicialmente. Visite parques, museus, atrações turísticas, ande pelo centro, veja vitrines ou simplesmente sente em um banco e acompanhe o movimento das pessoas. Não fique preso em casa sem fazer nada: explore! Caso mude para um país frio com inverno rigoroso, a regra é clara: fez Sol? Saia de casa.

Se você sempre sonhou em jogar tudo pro alto e conhecer o mundo, aproveite: a Holanda oferece a bolsa de estudos Orange Tulip Scholarship Brazil em diversas áreas, a Irlanda e o Canadá também têm sido destinos frequentes para brasileiros que desejam trabalhar e estudar.  Pesquise sobre os países que você adoraria conhecer melhor e, quando a água bater na bunda e a oportunidade surgir (ou você correr atrás dela), não tenha medo. Respire fundo e se jogue!

E aí, para qual lugar do mundo você mudaria agora?

*Foto destaque: Jace Grandinetti

Quem escreveu

Paula Abrahão

Data

17 de January, 2014

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Paula Abrahão

Saiu de São Paulo para morar em Amsterdã e pretende visitar o máximo possível de países vizinhos. Detesta multidões e não faz questão de bater cartão em atrações turísticas, mas não dispensa conhecer restaurantes, cafés e lanchonetes locais por onde passa.

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Comentários

  • Oi Paula :) Eu fiquei pensando, no caso de vocês um só conseguiu o visto high skilled migrant e o outro por ser companheiro pode acompanhar certo?
    E vocês foram com uma reserva de grana? Ou os dois conseguiram emprego?
    Fico curiosa porque estou participando de um processo seletivo em amsterdam também e fui convidada para uma entrevista lá nas próximas semanas. Porém eu moro com meu noivo e não quero deixar ele pra trás jamais. Acho que eles irão oferecer o mesmo tipo de visto – porque dei uma pesquisada e a empresa já ofereceu para outros antes – então só fiquei na dúvida de “como sobreviver”? porque teremos os dois visto mas ele não poderia trabalhar certo?
    Como funcionou pra vocês?
    Desculpa encher de perguntas é que achei o caso MUITO parecido rs
    se puder me responder por e-mail tb agradeço!
    [email protected]

    - Luana Moura
  • Ótima postagem. Desde sempre sonho em ir pra fora, morar em outro país. Mas a oportunidade nao surgiu(talvez por nao ter ido a fundo realmente nisso). Fato é que minha filha tem 9 meses agora, ficando ainda mais dificil essa situação. Onde mais posso pequisar sobre o tema “trabalhar em outro país”? Tem algum site específico? Obrigado e parabens pelo site.

    - Cristiano Garcez
    • Oi, Cristiano! Tudo bem? Desculpa pela demora em responder teu comentário. O ideal é você definir quais países deseja conhecer e aí procurar mais detalhes sobre o mercado de trabalho neles. Além do linkedin, você pode conferir algumas vagas internacionais no site monster.com :)

      - Paula A.
  • Sensacional seu artigo, Paula!

    Estou morando na Austrália com minha esposa há 5 meses e estamos adorando. É realmente uma experiência incrível, a qual recomendo à todos, mesmo que seja apenas por alguns poucos anos.

    Idioma, leis, costumes e pessoas diferentes podem assustar um pouco até os menos conservadores, mas raramente se torna um problema real. E algumas lendas como “gringos não são receptivos e amigáveis como os brasileiros” são rapidamente desmentidas.

    Claro que ficar longe da família e dos amigos – como você disse – não é fácil, mas nada que não seja resolvido fazendo (ou recebendo) uma visita de vez em quando.

    Sucesso e felicidades para vocês!

    - lucascaton
    • Obrigada, Lucas! Realmente ouvi muitas histórias sobre a hostilidade holandesa, vim pra cá morrendo de medo… e todos que encontrei foram muito acolhedores e simpáticos, inclusive dispostos a ajudar quando necessário. Boa sorte pra você e sua família na Austrália, deve ser incrível morar aí! *-*

      - Paula A.
  • Inspirador

    - Davidson Fellipe
    • Obrigada, Davidson! E aí, deu vontade de se aventurar em algum lugar do mundo também? :)

      - Paula A.
      • To na fase de escolha ainda. kkk

        - Davidson Fellipe

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