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SPIN THE GLOBE – Rafael Freire

Quem escreveu

Jo Machado

Data

18 de December, 2013

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Nascido no Rio de Janeiro e criado no mundo, Rafael já morou em 5 países e 4 continentes diferentes. Passou por EUA, Alemanha, Inglaterra e até a China. Agora, depois de 13 anos, retorna ao Brasil onde atua como Diretor de Criação Associado na JWT, em São Paulo.

Shanghai

Rafael é casado com a sua melhor amiga, a Sarah, o que é uma ótima vantagem na hora de viajar a dois. É colecionador de tênis, tatuagens e boas histórias.

Como escolhe seu próximo destino?
Seria um tremendo clichê dizer que eu deixo o destino me escolher, mas infelizmente é essa a resposta que eu vou dar. Até porque é de fato uma verdade.

Eu já morei em 5 países em 4 continentes diferentes e em todas as minhas mudanças e andanças eu fui guiado por intuição e fé. É claro que eu, e agora junto com a minha esposa, miramos alguns destinos que temos vontade de conhecer, mas nós também deixamos o acaso decidir. Convites para visitar conhecidos, casamento de familiares ou amigos, viagens à trabalho que podem se transformar em férias

Qual é a preparação para ir para um lugar novo?
Quando eu viajava sozinho, deixava sempre para descobrir os lugares quando chegava lá. Eu nunca me preparei muito para visitar algum destino em termos de pesquisa de pontos turísticos ou de ler muito sobre a história do lugar. Talvez essa não seja a melhor estratégia para conhecer um lugar novo, mas eu sempre apreciei essa experiência de descobrir e desbravar uma cidade do meu próprio jeito. Com os meus próprios recursos. Quando não se tem um roteiro a sua percepção sobre um determinado lugar é singular, porque é só sua.

Hoje a Sarah, minha companheira de aventuras, tornou essa experiência um pouco mais profissa. O que é ótimo porque agora nós lemos os guias e visitamos lugares importantes que eu talvez não fosse se estivesse sozinho, mas que sempre me agradam muito e me fazem agradecer por ter ido.

Barcelona

Do que foge em viagens?
Eu corro com todas as minhas forças das arapucas para turistas. Eu fujo dos clichês de uma cidade, não para conseguir fotos mais descoladas no Instagram, e sim para evitar o meu maior trauma, a muvuca. É claro que quando eu fui para Pisa eu tirei foto “empurrando” a Torre de Pisa e também já tirei foto segurando a pontinha da Torre Eiffel, mas eu já estive Paris algumas vezes e nunca me arrisquei a passar perto da Mona Lisa, por exemplo. Por puro medo.

Eu fujo também dos restaurantes que tem fotos dos pratos no cardápio. Fujo dos guias turísticos, dos bares que ainda tocam aquele disco do Santana, fujo de qualquer ônibus que não tenha a cobertura no segundo andar e fujo também de hostels, por já ter sido roubado no passado.

Bodrum

Na mala tem a vida ou só o necessário? O que não pode faltar nela?
Eu levo 15 minutos para arrumar a minha mala. Seja o destino uma ponte aérea para o Rio ou uma viagem de 3 semanas para a Ásia. Ou seja, se a minha vida dependesse dessa arrumação, eu já estaria muerto.
Na minha mala nunca falta um par de chinelo.

Qual é a melhor casa fora de casa?
A melhor casa fora de casa é sempre a casa dos pais. E no meu caso eu tenho sorte de ter pais que moram na minha cidade favorita em toda Europa: Barcelona.

5 lugares/coisas imperdíveis nesta vida?
– Tóquio.
– O pôr do Sol em Istambul.
– A muralha da China coberta de neve.
– Se perder em boa companhia pelo Soho.
– Tóquio.

Tokyo 01

Melhor experiência gastronômica do mundo?
Para mim a melhor experiência gastronômica do mundo é comer sushi de madrugada no mercado de peixes de Tsukiji, em Tóquio. E não é só pelo fato de ser o melhor e mais fresco sushi que você pode experimentar, mas também pelo privilégio de presenciar o maior e mais movimentado mercado de peixes do mundo em ação.

Essa experiência é especial para mim, pois nos 5 anos em que morei na China, eu viajava com frequência a trabalho para Tóquio. E uma noite virada na agência geralmente significava uma visita ao mercado para o verdadeiro café da manhã dos campeões.

Melhor drink/ bar/ festa?
M1nt em Honk Kong. Porque não é toda a noite que você se sente o James Bond em uma boate que tem tanques com tubarões nas paredes.

Hong Kong

O que você sempre compra que só acha lá?
Água com gás Vichy Catalan na Espanha.
Ah, e pasta de ovas de salmão da IKEA. Podem me julgar!

Maior Vanessismo? – Vanessismo é uma roubada engraçada, um perrengue.
Eu já passei por muitos perrengues viajando, mas um dos mais inusitados foi topar ir numa festa de réveillon em Salzburg, na Áustria, com um maluco que eu havia acabado de conhecer. Chegando lá percebi que a festa acontecia ao ar livre. Isso não seria um problema se a temperatura não estivesse beirando os -20C. Após algumas horas tomando vinho quente para tentar esquecer o formigamento da parte inferior do corpo, percebi uma movimentação estranha. Me animei pois achei que iríamos entrar na casa, mas logo percebi que todos estavam carregando trenós em direção à rua. Como ninguém falava inglês direito, só fui entender que estávamos subindo um monte depois de quase duas horas de subida íngreme. Após ver a queima de fogos das 3 cidades ao redor, descemos o morro nos trenós (a quase -20C não foi tão divertido quanto soa) e a festa continuou – ainda do lado de fora. Às 6h da manhã, e agora não sentindo a metade superior do corpo, descobri que não iríamos voltar para Viena e sim dormir no chão da casa junto com outras 40 pessoas que eu ainda não tinha conseguido conhecer. E quando eu digo dormir no chão, eu quero dizer no taco de madeira do chão. Ah, e vestindo apenas minha ceroula. Porque parecia ser o costume local.

Espero não ter decepcionado a Vanessa com a minha história.

Istambul 4

Se for para relaxar, qual é o melhor lugar?
A Tailândia. Pelas praias, o clima, a comida, as frutas, as massagens, o conforto dos resorts e a gentileza do povo.

E para ficar a dois?
Qualquer lugar na França. Até o banco de trás dos taxis é romântico.

E se estiver sozinho e quiser badalar?
Londres. Aonde a noite deu aula para as outras noites.

Tokyo 03

Se fosse largar tudo e se mandar de vez, iria para onde?
Se for largar tudo para morar em outro lugar, hoje eu iria para a Califórnia. Eu admiro muito a maneira com que o californiano vive do consumo local mas sem se desligar da vida moderna.

Bodrum 2

Destino desejo ainda não realizado?
Nosso vizinho, o Chile.

Nota do Chicken or Pasta

Se você ainda tem dúvida de que o Rafa e sua amada Sarah são dois viajantes natos, apaixonados por diversos lugares do mundo, dá uma olhadinha no vídeo abaixo! Esses dois viajantes se casaram via internet, separados por uma porção de quilômetros. Sarah em Nice, na Franca e Rafa em Xangai, na China. Amor e viagens, é disso que a gente precisa pra ser feliz!

Quem escreveu

Jo Machado

Data

18 de December, 2013

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Jo Machado

O Jo é do tipo que separa pelo menos 30% do tempo das viagens para fazer o turista japonês, com câmera no pescoço e monumentos lotados. Fascinado pelas diferenças culturais, fotografa tudo que vê pela frente, e leva quem estiver junto nas suas experiências. Suas maiores memórias dos lugares são através da culinária, em especial a comidinha despretensiosa de rua. Seu lema de viagem? Leve bons sapatos, para agüentar longas caminhadas e faça uma boa mixtape para ouvir enquanto desbrava novos lugares. Nada é melhor do que associar lindas memórias à boas canções.

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Comentários

  • Vanessismo APROVADÍSSIMO

    - Vanessa

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Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.